Porém, próteses são sua obsessão... mas ele não quer confiar em usuários, ele mesmo quer testar suas próteses de mãos, braços, pernaS, etc... Charles é um engenheiro bem "exagerado", não tem a mínima habilidade social. Não tem família nem amigos e mal consegue se comunicar com quem vê todos os dias no trabalho. Ele só pensa com sua lógica, é perfeccionista, ama a tecnologia... Sou casada com um engenheiro e enxerguei muito dele no personagem, mas claro que ele não tem TODAS essas características! O livro tem ação, o final é eletrizante, mas... tem umas partes que algumas pessoas podem achar chatas.
Como quando Charles é obrigado a falar com a gerente Cassandra Cautery, ou se perde nos pensamentos que não tem tanto a ver com o que está acontecendo no momento. Pra estragar toda a "lógica", claro que Charles se APAIXONA pela especialista em prótese/fisioterapeuta que o ajuda. Talvez se ela não existisse no meio de todas as máquinas e tecnologia usada no livro, nada faria sentido.
Gostei também do TEMPO em que o autor trabalha, um futuro não tão distante do que vivemos agora? Nesse TEMPO há celular e GPS, órgãos internos mecânicos... e essa fábrica é tão "tecnológica" que eles tem até um centro cirúrgico dentro dela pra poder "aplicar" seus protótipos. O interessante é que assim como o engenheiro fabrica suas "partes", o autor fez seu "rascunho" pela internet, postando página por página a história de um homem máquina.
Recebendo críticas de seus leitores diariamente até conseguir formar o romance desse embrião que nasceu em um BLOG. No geral é um livro bom, mas eu esperava demais dele, talvez por isso não tenha dado uma avaliação melhor. Tem algumas "piadinhas internas" que só quem conhece um engenheiro vai saber e uma "gozação" da nossa dependência de tecnologia e como ela é associada à beleza ou... feiúra também...
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