Até aí a história já é impressionante demais! Porém o autor conseguiu contar essa história nos mostrando a vida de quem vivia nas fronteiras, o comércio de peles, a aridez e a precariedade de suas vidas... Passamos grande parte do livro em movimento e acompanhando a sobrevivência não de Hugh Glass, mas de todos que estão na região. É incrível como eles tinham de se virar sobrevivendo a ataques constantes dos índios, andando vários km diariamente com escassez de comida e água. O início do livro já é na parte do abandono. Então voltamos uns dias atrás pra entender como chegamos naquele ponto. Depois do abandono, o autor nos imerge naquele mundo junto com Hugh, debilitado e praticamente sem ferramentas, mas mto inteligente e exímio caçador, consegue se virar e comemoramos a cada pequena vitória que acontece em sua vida,
como conseguir comer um rato. Parece que estamos lado a lado com Glass, sentimos frio, fome, raiva... Ele é forte, com um braço e uma perna machucada ele consegue rastejar pra caçar e preparar sua comida. Ele promete "não morrer" só para se vingar de quem o abandonou. Não sabemos mto de seus pensamentos, ele é bruto, o ferimento na garganta já não o deixa falar tanto.
Mas queremos nos vingar também. Pensei que seria um livro parado, mas muito pelo contrário. Tem muita ação e tem história de caçadores, navegadores, militares, perseguições... Tudo num cenário árido, montanhoso, nos anos de 1830, ainda não existiam nem mapas detalhados das áreas que eles percorriam! Eu adorei o livro pelo cenário e pela sensatez de Glass e de conhecer sobre essa movimentação na região das fronteiras nos Estados Unidos!
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