quinta-feira, 19 de maio de 2016

Os meninos da rua Paulo - Ferenc Molnár

Li o livro na sequência de "trash", que também fala de garotos. Pensei em fazer um texto para os dois, mas a complexidade dos meninos da rua Paulo me proíbe de fazer isso. O livro foi lançado em 1907, e continua atual. E mesmo pra gerações que vem de condomínios fechados e pouco acesso à rua faz sentido, porque trata-se de uma disputa entre grupos de meninos por um território. No caso, uma parte de terreno de uma madeireira, situada na rua Paulo.

Conhecemos dois grupos de meninos de 14 anos pra mais e pra menos (antes dos joguinhos eletrônicos): os da rua Paulo chefiados por Boka e os do jardim botânico por  Chico Átis, ambos com sua bandeira própria e hierarquia militar!

As ações acontecem sempre após as aulas na parte da tarde. O que me impressionou foi a organização desses meninos e a palavra de honra! No livro, o autor acaba nos dando pistas de que participou dessa ação.
Chico Átis precisa de um lugar para jogar pela, e nada melhor do que conquistar o espaço da rua Paulo. Após a votação para presidente dos meninos da rua Paulo, um deles se amargura com o grupo e vai buscar abrigo com Chico, tornando-se um espião de guerra!

O menino mais franzino, Nemesek, acaba se mostrando dos mais corajosos e tem um papel importantíssimo na trama, essa coragem lhe confere prestígio com o presidente e ciúmes do restante do grupo. A trama é intrincada, adultos quase não participam de história. É o mundo dos garotos, eles fazem as regras e fazem muito bem. Nesse universo amadurecem sem se dar conta e suas características se acentuam, é lindo de se ler... É emocionante, principalmente para aqueles que se aventuravam com seus amigos da rua. Foi nostálgico para mim. É lindo.


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