Oi gente, é a Lia, tudo bom?
Esse livro foi maravilhoso... é doloroso, é trsite, mas é NECESSÁRIO. E pensar que muitas das coisas terríveis descritas aqui aconteceram há tão pouco tempo...
Hana e Emiko são duas irmãs que acabam sendo separadas na infância/adolescência quando o Japão invadira a Coréia... E é muito triste o que acontece, até um tanto vergonhoso para mim, que sou descendente de japoneses. Mas a história precisa ser contada.
A Hana é mais velha e para proteger sua irmã acaba se deixando levar por oficiais japoneses. Ela acaba indo pra uma "casa de alívio", casa em que meninas/mulheres eram estupradas diariamente por soldados japoneses. Essas casas realmente existiram e até hoje é um tema sensível no Japão. Só há bem pouco tempo atrás o país admitiu a existência desse tipo de casa na guerra.
A história é contada no passado e presente com a Hana no passado contando como foi esse rapto... e da Emiko no presente contando como ela viveu até ali... sendo que nem sua filha sabe muito bem tudo o que a mãe passou.
Um fato muito interessante sobre a tradição coreana, são as Haneyo, mulheres pescadoras. Elas fazem um tipo de pesca manual, elas mergulham sem oxigênio até o fundo do mar pra colher ouriços e outros frutos do mar. Até hoje esse tipo de pesca existe, porém a maioria das praticantes são IDOSAS. A tradição têm se perdido, poucas mulheres jovens querem ficar nas ilhas para aprender. O fato mais interessante ainda é que esse tipo de pesca sempre existiu e só as mulheres praticavam, então já desde sempre as mulheres coreanas dessas pequenas ilhas pesqueiras já eram INDEPENDENTES, elas traziam o sustento para casa ao vender a pesca nas feiras locais...
Autor: Mary Lynn Bracht
Editora: TAg e PARALELA
Ano: 2019
Páginas: 302
Edição: 1
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