sábado, 5 de dezembro de 2015

RESENHA - A volta do parafuso, Henry James

Uma jovem governanta é contratada para cuidar de um casal de irmãos pelo seu tio solteiro que não quer se envolver com eles. Toda as decisões sobre as crianças devem ser tomadas por ela sem que o tio seja importunado sob qualquer hipótese.

A escrita desse livro é um pouco difícil, mais ainda porque o autor faz muito mistério sobre os acontecimentos. Sabemos sobre o que aconteceu no passado pela empregada da casa. Ela quer contar, mas não conta direito, ou não consegue contar direito...

A governanta aceita o emprego um pouco contrariada, mas chegando à casa ela se deslumbra, ainda mais quando conhece a Flora, uma das crianças, pois ela é muito educada, amável, carismática... Miles está na escola quando ela chega (tipo de colégio interno, ele só voltaria nas férias), mas em poucos dias ele volta para casa com uma carta de expulsão. Aí já começa a primeira dúvida da governanta, se deve entrar em contato com o tio ou não. Mas Miles é tão carismático (assim como a irmã) que ela começa a se convencer de que a escola não tem preparo para ficar com uma criança tão extraordinária quanto ele.

Ela também começa a ver pessoas que não foi apresentada nos limites da propriedade. Então, a empregada revela que podem ser os dois ex-empregados da casa, Quentin e Jessel, que já faleceram.

O pior da história, a meu ver, não é ela ENXERGAR PESSOAS MORTAS. Mas sim O QUE ELAS FIZERAM ANTES DE MORRER. Principalmente com as crianças. Aí é que Henry James nos confunde e nos ilude... não temos as palavras exatas do que aconteceu... e só podemos ficar imaginando e nos angustiando com a governanta que quer enfrentar o sobrenatural e ao mesmo tempo está como nós, querendo descobrir o que de fato aconteceu...

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